Educação: atentados e polêmicas sobre livros marcam 1º ano de Tarcísio

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São Paulo — Dois atentados a escolas estaduais e polêmicas e recuos envolvendo materiais didáticos marcaram o primeiro ano do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Educação.

No último domingo (24/12), o Metrópoles iniciou uma série de reportagens sobre o primeiro ano do governo Tarcísio nas principais áreas da gestão.

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Contratos da empresa do secretário O secretário Renato Feder foi o primeiro nome a ser anunciado como parte do primeiro escalão de Tarcísio, ainda no fim de 2022, e o primeiro a criar constrangimentos ao governo.

Feder é ex-CEO da empresa de informática Multilaser e, pouco após ele ser indicado ao cargo, ainda em dezembro, a empresa assinou contratos que somaram quase R$ 200 milhões com a secretaria. Na ocasião, diante do possível conflito de interesse, ele disse que se afastaria do conselho da empresa.

Contudo, conforme o Metrópoles revelou ainda em janeiro, o secretário se manteve na companhia de outra forma: por meio de uma offshore em um paraíso fiscal, Feder continuou dono de 28,1% das ações da companhia.

Tarcísio, por sua vez, entendeu que a atitude não constituía nenhuma irregularidade e o manteve no cargo. O caso foi investigado pelo Ministério Público, mas arquivado em setembro.

Fim dos livros didáticos No fim de julho, Feder decidiu implementar um programa de educação 100% digital a partir do 6º ano do ensino fundamental, usando material digital confeccionado pela própria secretaria, o que implicaria no abandono de livros físicos.

Por isso, o Estado comunicou ao Ministério da Educação sua saída do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).

A medida causou uma aguda reação negativa entre pais, professores e especialistas em Educação. O Ministério Público moveu uma ação para obrigar o uso dos livros, aceita pela Justiça em 15 de agosto. Diante de tantas críticas, a gestão Tarcísio recuou.

Erros no material digital No fim do mesmo mês, uma reportagem do portal UOL constatou que o material digital produzido pela Secretaria da Educação continha erros grosseiros, como ensinar que a capital paulista tinha praia e que a Lei Áurea havia sido assinada por Dom Pedro II.

Os erros estavam em slides que faziam parte do conteúdo ensinado aos alunos dos primeiros anos do ensino fundamental. O coordenador pedagógico da Pasta, Renato Câmara Nunes Dias, foi demitido após o episódio e o governo se desculpou.

Atentados O ano também foi marcado por dois episódios de terror, que resultaram na morte da professora Elisabeth Tenreiro, da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste, em março, e da estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, aluna da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste, em outubro.

Ambos os ataques foram feitos por alunos da rede estadual, menores de 18 anos, cujos problemas de convivência já os haviam levado à diretoria. Ambos tinham também passado pela polícia. Mesmo assim, o governo não os identificou como possíveis autores de atentados para evitar as tragédias.

Após os episódios, o governo anunciou a contratação de mil vigias para atuar nas escolas (número insuficiente para as 5 mil escolas da rede), 580 psicólogos para atender a comunidade escolar e um aplicativo que faria as vezes de botão de pânico em casos de novos atentados

Novos programas Entre as ações positivas da secretaria, duas são as de maior destaque.

A primeira é a criação de um vestibular sequenciado para os alunos da rede ingressarem nas universidades públicas estaduais. O Provão Paulista, que estreou neste formato este ano, é aplicado no fim de cada um dos três anos do ensino médio, de modo a fatiar o vestibular comum. Ao todo, USP, Unesp e Unicamp oferecem 15,4 mil vagas a estes estudantes.

A segunda ação é o programa Prontos para o Mundo, que oferece aulas de inglês online, no contraturno do horário de aulas, para 70 mil estudantes. Os alunos mais bem avaliados nas aulas terão direito a bolsas de estudo para o estudo da língua no exterior.

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